Fotos: André Hoff / Divulgação
A Casas das Rosas reabriu após dois anos de restauração e o próprio Antonio Sarasá, responsável pelo restauro, me levou para uma visita guiada e contou todos os detalhes desse projeto.
Foram recuperados elementos que remetem à aparência original de diferentes cômodos da casa. Um dos pontos interessantes ressaltados por Toninho foi a revelação de papéis de parede originais da primeira construção. Muitos foram reproduzidos ou replicados, mas um dos originais pôde ser completamente restaurado, ganhando retoque à mão.
Uma série de adequações foram feitas no edifício, como a instalação de uma rampa de acesso ao museu e a adaptação do banheiro no térreo para pessoas com mobilidade reduzida. Além disso, piso podotátil e corrimãos duplos de metal foram instalados ao longo dos ambientes, placas com inscrição em Braille foram posicionadas nas escadas e sinalização para pessoas com baixa visão foi adicionada nos piso.
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A construção que abriga a Casa das Rosas é um exemplar da arquitetura do início do século XX, e seu nome é uma referência ao jardim de rosas que existia originalmente no local. A casa foi construída em 1935 por Francisco de Paula Ramos de Azevedo, arquiteto renomado do período cafeeiro de São Paulo.
A Casa das Rosas foi habitada durante os primeiros 51 anos de sua existência. Primeiro, foi a residência de uma das filhas Ramos de Azevedo, Lúcia Ramos de Azevedo, e seu marido, Ernesto Dias de Castro. O local se manteve como residência até 1986, quando foi desapropriado pelo Governo do Estado de São Paulo com o objetivo de preservar o local.
Já em 1991, ano do centenário da Avenida, a mansão foi tombada, em ato inédito no Brasil, como patrimônio cultural. Em 2004, foi reinaugurado como Espaço Haroldo de Campos, em homenagem ao escritor e poeta brasileiro. O nome-homenagem sugere do que tratam as atrações da casa: muita leitura e poesia.