Em 21 de maio último, foi inaugurada a mais nova atração de Nova York – o parque flutuante Little Island, uma construção inusitada e admirável. Hoje vamos contar sua história, seus percalços, e mostrar o projeto brilhante de um dos mais renomados arquitetos ingleses.
Em 2014, Thomas Heatherwick propôs a criação de um parque flutuante sobre o Rio Hudson, em Nova York, no West Side de Manhattan, para substituir o antigo Pier 54, que fora fechado por estar desmoronando. Seria chamado de Pier 55, e foi apoiado pelo magnata dos meios de comunicação Barry Diller, e sua mulher, a estilista Diane von Furstenberg, que se dispuseram a fazer uma colossal doação ao projeto. Outros projetos de Heatherwick incluem o Coal Drops Yard, em Londres, e o Vessel, em Hudson Yards. Foi tambem o autor do projeto Garden Bridge – uma ponte-jardim sobre o Rio Tâmisa -, que acabou não se concretizando.
A construção do parque teve início em 2016, sendo interrompida um ano depois devido à pressão de grupos locais que eram contra o projeto. Mas, depois de muitas lutas judiciais, foi re-iniciada em 2019, quando o projeto passou a ser chamado de Little Island (Pequena Ilha).
Heatherwick contou com a parceria do escritório de arquitetura paisagística MNLA (Mathews Nielsen Landscape Architects), sediado em Nova York, que selecionou 400 espécies de plantas e 100 tipos de árvores para o projeto, estrategicamente plantando plantas perenes para proteger os visitantes do vento vindo do rio.
O parque se assenta sobre 132 colunas de concreto, arrematadas por uma estrutura em forma de cogumelo, e é ligado à terra firme através de duas pontes para pedestres.
Inspirado pelas antigas estacas do Pier 54, Heatherwick teve a brilhante ideia de criar um píer ondulante. Para isso, projetou colunas de diferentes alturas.
Os “cogumelos” funcionam como canteiros, com seis metros de largura, abrigando árvores, arbustos e forrações.
Há gramados para os visitantes tomarem sol no verão e três áreas para apresentações e shows, inclusive um anfiteatro com capacidade para 700 pessoas. São, ao todo, 540 metros de caminhos pelo parque todo.
Em vez de criar estruturas extras para acomodar os camarins e outras facilidades para os atores, o que atrapalharia a vista, Heatherwick optou por construí-las na parte de baixo do píer, com o acesso feito por uma das pontes.
Agora é esperar por tempos menos pandêmicos, para fazermos do Little Island nosso next stop…
Oh meu Deus! Que esplendor. Parece uma pequena cidade de um filme de ficção científica.
Adorei conhecer a Little Island. Nunca tinha ouvido falar.
Maravilhoso !!! Poderíamos implantar na Baía de Guanabara. !!!