Continuando o Open House de ontem do Wair de Paula aqui vão os outros ambientes do apartamento dele no Edifício Louveira, em São Paulo.
Hoje a rotina do Wair é um pouco diferente da época em que tinha loja/galeria, agora sua relação com o tempo e rotina é mais flexível. Ele é colaborador da GIZ e a tarde faz visual merchadising para algumas empresas, mas, mesmo conseguindo trabalhar de casa fazendo pesquisas e matérias acabou estipulando uma rotina diária para ser manter organizado: acorda, toma café, le os jornais, toma banho, se viste e senta para trabalhar.
“Ainda estranha a falta de rotina (era um workaholic exagerado), mas estou tendo uma relação com meu tempo – e com a cidade – mais generosa. Se tenho que ir a um fornecedor ou cliente que não é longe, coloco um tênis e vou caminhando. Neste processo estou descobrindo coisas novas na cidade – e meu colesterol está perfeito…rsrs”
E eu que achava que tinha tido um schnauzer que viveu muito me surpreendi com os cachorros do Wair. Ele tem o Leopoldo de 8 anos e a Liú que tem 16 anos, mas tinha até o ano passado a Josefina, que viveu 20 anos sem doença nenhuma. “Tinha a impressão de que ela ia desaparecer no ar como o gato de Alice in WOnderland rssss Um dia ela estava deitada e eu coloquei a mão nela e disse: descansa, gatinha. Ela respirou e morreu, lindinha, sem dar trabalho”. E tem a Lola, vira lata adotada que seguirá para a casa do Eduardo, ele é grudada com ele e sente muita falta.
Sempre costumo perguntar para onde o morador reconhece sua personalidade na casa, vou colocar a resposta do Wair na íntegra, pq, como sua casa, ela é bem interessante:
“Na mistura de épocas, estilos, na falta de dogmas ou de regras, nos livros espalhados pela casa, que estou sempre consultando e na cozinha, pois cozinho muito. Não acredito em tendências, acredito no livre-arbítrio, respeitando as regras de proporção, conforto e acessibilidade, com móveis e objetos originais (não suporto cópias), tudo vale a pena.”
O Wair tem um bom acervo tanto de obras de arte quanto de móveis – uma poltroninha Tenreiro original, uma Rietveld de época, sofá Le Corbusier vintage, poltronas Charles Eames autênticas, uma escrivaninha de jacarandá de autor desconhecido dos anos 1960, mesa Saarinem feita para a casa da antiga revista Manchete. São essas peças que traduzem bem seu olhar, suas histórias e suas escolhas. Adorei ter entrado na casa do Wair para mostrar aqui no Casa de Valentina.
Julia Ribeiro
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