Vou te falar uma coisa, alguns dos melhores Open Houses que eu fiz vieram do Instagram rssss Passo madrugadas em claro dando uma de stalker da vida alheia e de vez em quando esbarro em apartamentos absurdamente interessantes. E foi o que aconteceu com o Rodrigo Cunha, o @rodraarq, e o seu apartamento mais que especial.
Vamos lá, vou te contar um pouquinho do Rodrigo, ele é arquiteto formado em sua cidade de origem, Natal. Veio para São Paulo em 2009 para fazer pós em Design de Interiores e nunca mais voltou para morar no Rio Grande do Norte. Acho que uma parte do borogodó que o trabalho dele tem vem um pouco do fato de não ter sido “contaminado” desde cedo pela dureza do cidadão que é São Paulo, mas isso é uma opinião bem particular, é que ultimamente sempre quando gosto de um trabalho e pergunto de onde a pessoa é, inúmeras vezes não é daqui.
Enfim, voltando ao assunto rssss Olhando esse apê de 120m2 nos Jardins já dá para perceber que o Rodrigo absorve informações e referências de tudo quanto é canto, então eu perguntei um pouquinho sobre as preferências dele, acredito que isso já conte um pouquinho dele.
- Hobbies: ficar em casa, receber amigos, andar de skate, ir na liberdade, fotografia, ir em museus, ver tv, ler, comprar flores e viajar.
- Restaurantes: Chez Oscar, Tavares, Kazu e Marakuthai.
- Uma viagem inesquecível: uma temporada que passou na Ásia
Da mesma maneira que a história de vida do Rodrigo esta contata em todos os espaços do apê, ele faz o mesmo com seus outros projetos. Mas esse não é um desafio corriqueiro não viu.
“O cliente é a principal peça dos meus projetos. Gosto de casa com identidade. Conseguir contar a história do cliente de uma forma harmônica, é o mais recompensador”
E exatamente por saber que essa é uma tarefa para poucos eu pedi a “dica de ouro” do Rodrigo: “Imagino o ambiente com vários cantos. Cada cantinho desses eu conto uma história. Crio cenários para esses cantos. Gosto de misturas. Isso já é uma característica dos meus projetos, então vou misturando tudo que o cliente tem e acrescentando alguma peça atual ou garimpada, que eu amo. Para mim, numa casa, mais é mais mesmo. Mais história. Mais identidade. Mais poesia. Mais amor.”
Achei a cortina do apê bem diferente. Aqui vai uma apresentação dela: “queria uma cortina que fosse rústica e sofisticada ao mesmo tempo. Pedi para Silvia, quem faz as cortinas de todos os meus projetos, fazer quatro esteiras com uma madeira numa ponta, um velcro na outra e duas fitas pretas em cada para que eu pudesse enrolá-las como uma esteira de praia e deixar em várias alturas, com isso criar vários cenários na sala”. Anota a dica hein.
A estante da varanda, inteirinha feita de caixotes de feira, é mutante. Cada hora assume uma composição diferente na parede, o que não muda é a quantidade e vitalidade das flores, cuidadas uma a uma pelo próprio Rodrigo que, além de curtir a atividade é frequentador assíduo do Ceagesp.
Olha bem para essa cozinha e me diga se vc não sente até o cheiro do café fresco…
“Gosto cozinha com cara de cozinha de avó. Lembro que minha avó tinha coleção de passadeiras, uma mais linda que a outra, agora mantenho também essa tradição.”
E já que a cozinha é um lugar de boas lembranças, é ali o lugar do panô que foi um presente da mãe do Rodrigo quando viajou para a Africa.
Gosto demais de coleções assumidamente coleções, que ficam juntas demarcando um território. E o Rodrigo faz isso com maestria, olha só onde fica a coleção de Toys dele – volta algumas fotos e olha as outras coleção de caixinhas e pedras que ficam na sala.
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Julia Ribeiro
Meus parabéns..Site maravilhoso.