Depois de uma temporada vivendo em São Paulo, a psicóloga Cristiana Ferraz decidiu voltar a morar em São Pedro, no interior. No entanto, sua filha Silvia consegui uma vaga em uma faculdade paulistana e as duas decidiram procurar um apartamento na cidade para abrigá-la durante os anos de estudo, além de servir como um refúgio para os fins de semana. Batendo perna pelas ruas da Bela Vista, mãe e filha acabaram encontrando um imóvel que atendia às necessidades de ambas: “Na verdade, estávamos vendo apartamentos menores, para eu morar sozinha, mas quando entramos neste grandão nos apaixonamos. A decisão foi principalmente pela metragem generosa“, explica Silvia.
O CHARME DAS RUAS RESIDENCIAIS DO BAIRRO CHAMOU A ATENÇÃO DAS FUTURAS MORADORAS.
A localização também foi um ponto importante para a escolha do novo ninho na metrópole. Além de estar muito próximo da faculdade e, mais tarde, da pós-graduação da Silvia, o apê fica em um ponto favorável à mobilidade – tanto para os trajetos de carro como usando o transporte público. “Acabamos nos apaixonando mesmo pelo local, perto do centro e da Paulista, com vida cultural agitada e bastante comércio próximo. Também não é longe do Parque Ibirapuera, que frequentamos bastante”, explicam. A decisão foi mesmo certeira, já que deixou o dia a dia da estudante muito mais prático e garantiu à mãe um ótimo lugar para recarregar as energias durante o fim de semana.
“Apesar de ter 100 m², o apartamento era velho, mal preservado e com planta antiquada. Então, mais do que decorar, foi preciso trocar piso, pintar paredes, mudar a marcenaria e fazer uma boa base”, explica Cris. O encarregado da reforma foi o arquiteto e designer de interiores, Robert Robl, que durante o processo, acabou ganhando duas amigas queridas: “Na reunião para apresentar o projeto, a Cristiana veio de São Pedro. Quando cheguei no apê tinha um jantar pra mim, com vinho, muita conversa e o início de uma amizade que já vai fazer três anos”, conta. As proprietárias queriam que os elementos fixos, como móveis embutidos e pisos, fossem de cores neutras para facilitar quando fossem vender ou alugar o imóvel no futuro. Já para as paredes, móveis e acessórios deram carta branca às ousadias decorativas do Robert, que usou e abusou das cores vibrantes, estampas e texturas. Assim, o profissional trouxe os ambientes diretamente dos anos 70 de volta para a modernidade, tanto em relação ao layout quanto no quesito décor.
Cristiana e Silvia deram adeus aos móveis desproporcionais que compunham tanto a sala quanto o quarto. Apenas as poltronas antigas, herdadas da mãe da Cris, foram mantidas e reformadas. Como as duas adoram cores vivas, Robert trabalhou com tons de rosa e turquesa, equilibrando-os com outros mais sóbrios. Uma das poltronas de valor sentimental foi revestida com couro azul turquesa e disposta como assento na sala, ao lado da cadeira de balaço Charles Eames pink e da mesa de centro dourada. Para contrapor tamanha explosão de cores, a sala de jantar ganhou nuances brancas, com o colorido aparecendo apenas nos objetos das estantes. Já a cozinha sofreu alterações estruturais, a começar pela porta, que foi eliminada deixando a passagem mais fluida. A área de serviço cedeu seu espaço para a ampliação do cômodo que ganhou até uma mini copa. “Neste troca-troca, a lavanderia passou para o quarto de empregada”, explicam as moradoras satisfeitas.
A ousadia invadiu também o quarto, que teve todas as paredes pintadas de turquesa. Para contrapor o tom, um armário preto com espelho foi instalado. Para finalizar, a segunda poltrona-herança, revestida de um tecido claro, teve um cantinho garantido no ambiente. A Cris gostou tanto da experiência e do seu novo lar que acabou mudando de planos: ao invés de vender ou alugar o imóvel, pretende mudar-se definitivamente para lá quando se aposentar!
Que lar alegre e lindo! Adoramos cada detalhe e você? Espie mais um pouquinho da galeria abaixo e confira AQUI uma seleção de produtos bem coloridos, como os detalhes da casa da Cris.
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Fotos: Julia Ribeiro
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