O acender e apagar de luzes pode ser um gesto simples, um mero toque no interruptor, mas uma vez que as luminárias estejam ligadas, a atmosfera de um ambiente muda por completo.
Não precisamos defender aqui a influência de um bom projeto de iluminação, certo? Qualquer espaço, seja ele comercial ou residencial, fica muito mais interessante e aconchegante com as peças certas e alguns efeitos aqui, outros ali. Tanto que certos modelos de luminárias assinados por designers renomados mundo afora ultrapassam a funcionalidade e acabam se tornando “esculturas iluminadas”. Verdadeiras obras de arte.
E, assim como no mercado da arte, é possível encontrar luminárias fantásticas a valores acessíveis ou também modelos com preços acima da média, mas que valem o investimento. O segredo é descobrir uma peça que faça os seus olhos brilharem e que tenha alta capacidade de se transformar na protagonista da decoração.
Para esmiuçar um pouco mais o assunto, fizemos algumas perguntinhas para os designers André Bastos e Guilherme Leite Ribeiro, do estúdio Nada Se Leva. Além de criar luminárias lindas com diferentes materiais, a dupla é responsável pela curadoria da marca La Lampe, que como vocês bem sabem, tem um catálogo recheado de peças incríveis nacionais e vindas do exterior. Confira as perguntas e respostas abaixo.r
r
r
r
r
r
r
r
r
r
r
r
r
r
r
r
r
r
r
r
Casa de Valentina: O que faz de uma luminária um objeto de arte?
Nada Se Leva: A Luz. O design. O subjetivo que nela está. O desenho da luz, assim como sua temperatura e potência recriam o amanhecer, o sol a pino, o crepúsculo e o anoitecer. Pode ser tímido como um único feixe de luz que ilumina um livro e suas histórias, ou um poste de luz que simula a luz da lua. O design traz o novo, o que está ainda no ar, novos jeitos de iluminar, e um conceito por trás da criação por vezes carregado de subjetividade e inspiração. A linha brasileirinho que desenhamos, como exemplo, tem a memória da gamela, da tigela e do pilão. A subjetividade dos objetos começou no início do século passado, e talvez Duchamp tenha sido um dos precursores deste movimento.
CV: É mais fácil desenvolver uma peça de iluminação técnica ou decorativa?
NSL: Sob o aspecto da forma, ambas tem o mesmo grau de dificuldade. Por sorte temos uma equipe de design e de produto com muito conhecimento da parte técnica, e esses detalhes ficam com eles, no máximo damos um palpite ou outro.
CV: Quais as maiores dificuldades de todo o processo criativo? Englobando a ideia inicial até o produto final na vitrine.
NSL: No Brasil, toda a indústria ainda está engatinhando quando o assunto é desenvolvimento de produtos através do design. Durante muito tempo fomos colonizados (e ainda somos ..) então sentimos muita dificuldade com a falta de empresas capazes de produzirem protótipos e produtos. Mas não fazemos disto um obstáculo e sim um desafio. Na La Lampe temos um excelente time de designers e contamos com vários designers convidados.
CV: Qual o material mais difícil de ser trabalhado na iluminação? E o mais versátil?
NSL: No mercado nacional não temos muito a cultura da manufatura de um vidro de qualidade para a iluminação (normalmente o vidro é muito verde, comparado ao importado da Europa). Já o material mais versátil seria o metal.
r
r
r
r
r
r
r
r
r
r
r
r
r
r
r
r
r
r
r
r
r
r
r
r
r
r
r
r
Fotos via Prue Ruscoe | Yellowtrace | La Lampe | Casa Vogue | Contemporist | Evelyn Muller | Knstrct | We Heart UK | This is Paper | Pursuitist | Pinterest
Fotos via Prue Ruscoe | Yellowtrace | La Lampe |
Deixar um comentário