Há alguns anos vou para Fenearte e sempre considero um passeio interessantíssimo e muito rico culturalmente. É uma possibilidade genuína de conhecermos os criadores – muitos deles autodidatas e com um conhecimento ancestral quase que inexplicável – que estão em lojas bacanérrimas espalhadas por todo pais.
E como todo evento, acho natural que com o passar dos anos a feira vá melhorando, se esforçando em apresentar cada vez mais e melhor essas criações. Como são anos indo a Fenearte é natural também que aquela surpresa inicial não seja a mesma, mas de alguns anos para cá tenho observado com atenção o que esta sendo apresentado nos estandes de cada Estado e sinto que existe um potencial enorme subexplorado.
Pensando que a feira é uma oportunidade comercial instantânea, já que o publico visitante é enorme, mas também uma porta de apresentação desses criativos ao mercado nacional os Estados deveriam se debruçar com afinco no convite a criadores que tivessem uma linguagem autoral, enaltecessem a cultura regional e a força criativa do estado representado.
Lembro que em um ano (não me recordo exatamente qual) o Rodrigo Ambrosio – designer que tenho grande admiração – participou do estande de Alagoas. Naquele ano a distância entre o que foi apresentado no espaço era enorme em comparação aos outros estandes.
Será que não é o caso de designers participarem de maneira mais ativa nesse processo?
Faço um adendo ao Espaço Janete Costa que, ano após ano, consegue surpreender trazendo sim novas criações, mesmo que sejam de artistas já conhecidos, ou então propondo uma novidade visual na maneira com que tudo é exposto.
De qualquer forma esse é um olhar comparativo a outros anos de feira, o que não significa que me decepcionei ou não voltaria a Fenearte, Muito pelo contrario, já estou planejando meu retorno no ano que vem!
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