Para quem não conhece, o nome Faiança Portuguesa até pode lembrar um prato de culinária típica ou uma técnica de bordado, mas na realidade o termo é usado para designar as tradicionais cerâmicas de Portugal, que têm origem nas culturas megalíticas que ocuparam o Ocidente da Península Ibérica milênios atrás. É possível identificar muitas influências distintas nessa arte, como vestígios dos antepassados romanos, árabes, visigodos e celtas. Sim, é uma técnica com raízes longínquas e que por isso mesmo deve ser difundida e preservada.
A Delá, loja cujo acervo reúne relíquias e achados dos quatro cantos do mundo, assumiu a missão de manter viva a história das faianças portuguesas por aqui, trazendo para o Brasil alguns exemplares dessas peças delicadas.
Acredita-se que essas cerâmicas vidradas tenham surgido no século 16, mas foi somente no século seguinte que ganharam notoriedade. E aí vale citar um fato interessante: com as expedições marítimas cada vez mais frequentes, as nações começaram a trocar influências, então as faianças – além de toda a mistura de origens que já tinham – passaram a absorver também elementos da cerâmica chinesa, como desenhos bem miúdos da fauna e da flora. Esse intercâmbio cultural trouxe fortes repercussões nos costumes e nas artes decorativas dos dois continentes.
A princípio as peças exibiam apenas detalhes em azul sobre o branco, porém com o tempo outras cores foram sendo empregadas. Atualmente ainda muito valorizadas, produzidas e consumidas em Portugal, as faianças não são mais fabricadas no mesmo processo de antigamente, mas a maioria das etapas continua sendo manual. As poucas máquinas empregadas não fazem o principal: a pintura delicada, minuciosa e única.
Gostou da aulinha de história da arte? Então visite o blog da Delá e confira mais detalhes sobre as faianças portuguesas: a matéria explica todas as fases de produção das peças, então vale a leitura!
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Fotos via Delá
Fotos via Delá
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