Fotos: Bruno Aguiar/ Divulgação

Esta casa ampla e cheia de artesanato é de Antônio Henrique e Gavin Louis e fica em Brasília. Eles já moram nela há algum tempo com seus seis cachorros, e cada canto reflete diretamente na personalidade e vivências de ambos. O Gavin é sul-africano, o Antônio brasileiro, e depois de morarem e viajarem por diferentes locais do planeta, acumularam, além de muitos itens étnicos, também obras de arte contemporânea e móveis assinados. No canal você confere a tour completa com o casal que mostra todo esse mix, e aqui no blog uma conversa com Antônio Henrique contando mais detalhes sobre a casa.

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Casa de Valentina: Quais eram os principais desejos de vocês ao procurar pelo lar ideal e acabar achando esta casa tão interessante? 

Antônio Henrique: Procuramos por muito tempo uma casa que pudesse atender nossas necessidades. Nos chamou a atenção a ótima localização da casa, próxima à ponte Juscelino Kubitschek, que dá acesso à área central de Brasília. E na época, precisávamos de um espaço amplo que pudesse servir como nosso studio de yoga, com acesso independente.

C.V: O que mais te chamou atenção no projeto original da casa?

Antônio Henrique: O mais interessante na minha opinião são os quatro níveis em zig zag, separados pelo jardim de inverno.

C.V: Como a casa é distribuída? 

Antônio Henrique: O espaço maior hoje é onde funciona o showroom e o espaço de treino. No mesmo piso, há uma sala de jantar e living integrados. E no outro nível há três quartos, sendo duas suítes e um quarto. Além disso, ainda há um mezanino, onde temos televisão e o espaço do atelier.

C.V: Vocês fizeram alguma grande modificação na casa?

Antônio Henrique: Aumentamos a sala de estar e incluímos um banheiro social. Além disso, transformamos quatro quartos em três maiores.

C.V: A sua profissão determinou alguns aspectos da casa?

Antônio Henrique: Sem dúvida a casa está intimamente relacionada com meu trabalho. Sou designer de joias, e a principal característica da marca é desenvolver peças únicas, com base em dois pilares principais: heranças culturais e pedras raras. Por conta disso, a distribuição dos espaços foi pensada em função dos diferentes aspectos  do meu trabalho. O mezanino funciona como atelier, onde faço os projetos, e onde antes era o studio de yoga, agora funciona como showroom.

No início da empresa, viajamos muito pela Ásia, África e Brasil, e fomos adquirindo, além de muitas referências, vários objetos interessantes com influências étnicas pelo caminho. Assim, a casa acabou se tornando um museu de nossas memórias. E também temos muitos artistas contemporâneos e mobiliário brasileiro pela casa, então nosso lar tornou-se um mix de arte contemporânea com objetos étnicos trazidos dos tempos que vivemos e passamos por diferentes lugares.

C.V: E os cachorros influenciaram nas escolhas de decoração? 

Antônio Henrique: Sim. Mudamos os revestimentos dos sofás justamente em função dos cachorros, e agora são todos à prova deles. E os tapetes já eram antigos, então os eventuais pedaços destruídos não me incomodam tanto. Mas basicamente o piso térreo foi pensado para que eles pudessem transitar livremente e nos acompanhar por quase todo o tempo.

C.V: Qual foi a sua principal fonte de inspiração para decorar a casa?

Antônio Henrique: Basicamente fui pegando o que gostava. Tudo aquilo que me chamava atenção de um jeito básico e inexorável, trazia para fazer parte da casa. Em relação ao mobiliário brasileiro assinado, há muitas peças Sérgio Rodrigues na casa. Os tapetes são todos Kilims antigos trazidos do Marrocos, e, assim como a maioria dos itens, ou são étnicas brasileiras, ou africanas, ou asiáticas. Mas sempre mantendo a pegada étnica.

C.V: Qual é a sua parte preferida da casa?

Antônio Henrique: Gosto muito da varanda, tanto pelas combinações dos objetos quanto pelo meu gosto por ficar olhando o jardim e o studio, onde há tantos itens com grande significado. Na realidade, a casa inteira se tornou um museu vivo de nossas trajetórias. Ela reflete bem nossas jornadas, nos proporciona muito aconchego e tem um pouco de tudo que gostamos: conhecer diferentes etnias, pedras, plantas, obras de arte, mobiliários…Então todos os espaços da casa nos alimentam a alma só de olhar. Somos muito felizes aqui, e é um verdadeiro sonho que foi sendo construído e vai se aprimorando aos poucos todos os dias.

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