Estreita, Mas Muito Iluminada
17 mar, 2014 |
Depois de muito pesquisar projetos japoneses e holandeses, os arquitetos Fernando Forte, Lourenço Gimenes e Rodrigo Marcondes Ferraz apresentaram uma ideia inovadora para a casa de Lourenço, que foi projetada em parceria com o escritório CR2 Arquitetos. A proposta trazia uma lógica de espaços integrados e eliminava os considerados “obrigatórios”. Como a disposição do terreno valoriza mais o comprimento do que a largura, os profissionais procuraram reforçar a sensação de amplitude, criando uma atmosfera de comodidade.
O volume maior concentra estar e cozinha no térreo e os dormitórios no pavimento superior. No menor estão os cômodos de apoio, como área de serviço, escritório e escadas para circulação vertical. O living teve o rebaixamento do piso em quase um metro para aumentar o pé-direito e também para causar um efeito bacana de uma cozinha rebaixada, como que se oferecesse ao visitante. Integrada ao social, ela fica ao alcance, porém o piso mais baixo deixa o ambiente bem demarcado.
CORES E REVESTIMENTOS AMPLIAM ENTRADA DE LUZ
Com o branco predominante, a sensação é de leveza. A escolha se deu para valorizar a boa entrada de luz natural pelo jardim central da residência. Paredes neutras ajudam a espalhar a claridade, racionalizando a iluminação artificial. No andar de cima, os painéis de vidro ampliam a luminosidade, produzindo um efeito semelhante. A criação do jardim central, recortado no volume da planta, foi justamente para permitir que os três níveis fossem beneficiados com o brilho do sol.
Apesar de exalar modernidade, a estrutura arquitetônica usada para esta construção é simples. São vigas metálicas apoiadas em pilares nas laterais. Isso se combina a paredes de gesso, lajes de madeira, passadiços metálicos e pisos de placas de borracha. Trata-se de uma obra eficiente, rápida e precisa, sem desperdícios. A casa inclusive é considerada reciclável, podendo ser desmontada quando necessário.
Fotos por Fran Parente.
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