Heloísa e Leonardo cresceram em Calambau, um distrito de Presidente Bernardes, em Minas Gerais, e buscavam um lar que unisse memória afetiva, rotina prática e contato com a natureza. Inicialmente pensaram em construir na zona rural, mas após quatro anos de procura, encontraram uma casa antiga na praça principal da cidade. A localização oferecia mais acolhimento e praticidade, além de facilitar a convivência com os vizinhos. A reforma foi conduzida com muito cuidado, respeitando as características originais da construção, mas adaptando os ambientes para a vida contemporânea.
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O casal é detalhista e participativo, e desde o início demonstrou apreço pelos rituais de bem-estar e acolhimento. O projeto assinado pelo Andre Braz e o André Motta incluiu a preservação da fachada frontal e lateral, além de buscar manter a divisão original dos cômodos sempre que possível. Apesar da estrutura de madeira precisar ser substituída, a essência da casa foi mantida. A sala de estar ocupa toda a frente da casa, permitindo observar o movimento da praça e criando um espaço ideal para receber visitas ou descansar. Os quartos, mais afastados da rua, garantem silêncio e privacidade. A cozinha foi reposicionada nos fundos, com grandes aberturas de vidro que conectam os ambientes internos ao jardim, piscina e área de lazer.
A casa conta com quatro quartos, três suítes, banheiro social, copa-cozinha integrada, lavanderia, jardim com pérgola, área gourmet com churrasqueira e forno de quitanda, pomar, horta, orquidário, espaço com fogueira, oratório e um galpão para ferramentas. Cada espaço foi pensado para valorizar o cotidiano e criar conexões afetivas.
Como museóloga, Heloísa desejava preservar elementos originais da casa, mas sem transformar a reforma em uma reconstrução histórica. Foram usadas técnicas tradicionais da região, como forros de taquara e marcenaria local. O projeto respeitou a arquitetura existente e incorporou soluções criativas que unissem o antigo ao novo de forma harmônica. A ideia não era reproduzir um estilo antigo, mas sim criar uma linguagem própria, com base na história da casa e na vida dos moradores.
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