Quem acompanha o Casa de Valentina deve se lembrar que visitamos a Fenearte em algumas ocasiões. Depois de um tempinho sem aterrissar no Recife para a maior feira de arte popular da América Latina, voltamos e com muita empolgação! É que ver de pertinho essa expressão única da cultura brasileira é realmente emocionante e digna de muito orgulho. Além de valorizar e difundir a produção artesanal, a feira também tem um papel importante para os próprios artistas, que ganham visibilidade e com isso, um potencial enorme de crescimento.
Aqui vai uma dica: a Fenearte é para ser desbravada aos poucos, porque é longa e recheada dos mais variados estilos de produtos, vindos dos quatro cantos do país e também do mundo. São mais de 5 mil expositores divididos em cerca de 800 espaços, numa área de 29 mil m² no Pavilhão do Centro de convenções, em Olinda. Então, quem estiver de passagem pela “Veneza brasileira” vale se programar direitinho e talvez dividir a visita em dois ou mais dias. Muito bem organizada, ela conta com alas específicas e logo na entrada nos deparamos com o coração da feira: a Alameda dos Mestres Janete Costa. Que tal uma visita virtual pelas maravilhas que encontramos por lá?
Nada mais justo do que começarmos com um dos homenageados da Fenearte: o Mestre Nuca de Tracunhaém, que ficou conhecido pelos leões de cabelos cacheados. O mais bacana dos saberes tradicionais é que eles são transmitidos de geração em geração, mantendo sempre viva a arte dos grandes mestres. E esse é o caso de Nuca, cujos filhos seguem reproduzindo os seus ensinamentos. Olha só:
As cabeças de cerâmica e os pratos são feitos pela Cida Lima enquanto os santos e animais são criações da Neguinha. O trabalho da dupla de Belo Jardim é mesmo primoroso, né?
Os valores: Cabeça grande – R$80 | Cabeça média – R$18 | Cabeça pequena – R$15 | Pratos – R$20. O telefone de contato da Cida é (87) 9258-9346.
As santas da Neguinha custam R$50 e o contado dela é (87) 9104-3465.
Assim como os filhos do Mestre Nuca, as filhas da Ana das Carrancas, Maria da Cruz e Angela Lima, dão continuidade à produção das peças criadas pela mãe. A Maria me contou que para aprimorar a qualidade do barro ele deve passar por uma peneira que retira os detritos. Assim, quando o objeto é queimado fica lisinho e perfeito.
Esse pratinho charmoso da foto tem o tamanho de um pires e custa apenas R$20. Seguem os contatos da Maria da Cruz para encomendas: (87) 3031-8319 | [email protected]
O ceramista José Veríssimo cria imagens figurativas, como mulheres, tapioqueiras (R$180 cada) e as “gordinhas”, como chama as esculturas da foto acima (elas custam R$ 170 cada). Ele também produz vasos e utilitários, como a fruteira que tem as cabeças como base. Lindo!
Vaso – R$ 170 | Fruteira – R$ 200. Contatos: (87) 3761-7873 | (87) 9912-3426 | e-mail: [email protected]
Lembram do Tiago Amorim? O artista faz lindas pinhas em formatos diversos, como peixes e rostos. Ele também produz peças maiores, como bancos e mesas em forma de patos e capivaras. Contatos: (87) 3429-1230 | e-mail: [email protected]
Fida é considerado um dos grandes mestres da arte popular de Pernambuco e marca presença na Fenearte e em outra feiras do segmento. Além das santas de madeira (R$100), o artista esculpe também ex-votos e o famoso homem-cata-vento. Contatos do Fida: (87) 99103-8273 | (87) 98103-4676 | e-mail: [email protected]
O Luiz esculpe em madeira imburana figuras regionais, santos, animais e a vegetação típica do sertão. Contatos: (87) 9638-3929 | (87) 9144-3335.
A ceramista Maria Amélia foi uma das pioneiras da arte popular de Tracunhaém. Ela começou a transformar o barro em figuras humanas e animais ainda criança, sob a influência do seu pai, o Mestre Dunde. Os santos e santas com mantos trabalhados são sua marca registrada.
O Mestre Rosalvo esculpe santas coloridas em cedro e imburana também. O preço varia de R$ 260 reais (santas da foto) até R$ 540, para um trabalho maior e mais elaborado, como a Sagrada Família da foto abaixo. Lindo trabalho! Para encomendar a sua: (87) 8843-7315.
Gostou dos tesouros que encontramos na Fenearte? Então, prepare-se, porque amanhã tem mais! ;-)
Daniela Nader/Divulgação | Carol Colesanti
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