Repórter policial, de esportes e até moça do tempo. A jornalista Gisela dos Santos já assumiu todos esses papéis na televisão antes de encontrar o seu lugar ideal, como apresentadora e produtora do programa Casa e Cia., que vai ao ar diariamente em Florianópolis. Esse encontro com o mundo da arquitetura e design aconteceu há 16 anos e foi em um momento muito propício: durante a construção da casa onde ela mora até hoje. Localizada na Lagoa da Conceição, a morada foi erguida bem no centrinho e perto da água – como bem descreve a jornalista -, em uma época em que terrenos assim eram raros e bem disputados: “Construí esta casa com meu ex-marido. Achamos o terreno juntos. Foi uma sorte!”, relembra. 

AS PAREDES AZUIS TRAZEM A TRANQUILIDADE DO MAR PARA DENTRO DA CASA. 

Gisela sabe aproveitar muito bem todas as vantagens que o bairro tem a oferecer. Quando não está correndo pela Avenida das Rendeiras, ela faz da bicicleta o seu principal meio de transporte. Essa simples mudança no estilo de vida fez surgir um novo hábito, muito saudável e até mesmo sustentável: “Faço compras pequenas no mercado e na feira para poder ir de bike. Gosto de cozinhar e prefiro comprar os alimentos sempre frescos, quase diariamente”, explica. A lagoa também fica bem pertinho dos melhores picos de ondas da ilha, para alegria da jornalista e do seu filho, Nicolas: “Nós surfamos – eu há 25 anos e ele há 10. Ele de prancha eu de body board. Ganhei um campeonato dois anos atrás, quando tinha 39 anos. Fiquei tão orgulhosa que deixei a prancha na sala”, conta. 

A arquitetura da casa segue um estilo clássico bem americano – um hit dos anos 90, década em que ela foi erguida. No entanto, Gisela decidiu modernizar o visual da fachada recentemente, dando adeus às paredes amarelas e boas-vindas ao acabamento branco. O amigo e grafiteiro, Pedro Driin, encarregou-se do toque especial: “Ele pintou a boneca deitada na porta de entrada que batizei de ‘Sabrina Sonhadora'”, conta. No lado de dentro, o piso irregular da sala de estar precisou ser nivelado e um pequeno jardim de inverno que ocupava o espaço embaixo da escada saiu de cena – soluções das quais a moradora mais se orgulha. Já a decoração foi ganhando vida aos poucos e se transformando com o passar dos anos. “Algumas peças me acompanham faz tempo, como o sofá de capa de sarja que eu acho um coringão. As poltronas Egg e Swan também são bem antigas. Pintei recentemente com tinta fosca de sapateiro – ideia do Nick! Ele adora dar palpite e quer ser arquiteto”. 

Inventividade e ótimos achados também fazem parte deste lar. A Gisela é fã de um bom garimpo e valoriza muito aqueles encontros com peças especiais que acontecem totalmente ao acaso. “Dificilmente saio para comprar alguma coisa, para achar algum objeto. Eles que me acham!”, brinca. A mesa do escritório, por exemplo, foi feita com dois cavaletes de aço e uma porta, que ela forrou com couro ecológico branco: “Uso no dia a dia e pra gravar as chamadas do programa. A estante redonda ao lado também serve de cenário”, explica.  Quadros do artista plástico Alexandre Freire embelezam as paredes do hall e da sala de jantar, enquanto o grafite enche de cor o closet e a sala de estudos do Nicolas. Já as peças menores, volta e meia, mudam de lugar. Afinal, “uma casa deve ser dinâmica, não pode ser engessada”, afirma a moradora. Esse cuidado diário com cada detalhe mantém este lar vivo e demonstra que o afeto mora ali. “Minha casa é a minha cara porque é muito mais emoção do que razão. É intuitiva, não segue nenhum roteiro e está aberta ao acaso.  Tem cheiro de comida, risos, movimento, manchinhas no sofá , amor e o meu filhote”. 

Um sonho de casa, né? Imagina que delícia poder apreciar diariamente a vista para a Lagoa da Conceição? Demais! Veja mais fotos deste lar na galeria abaixo e confira a seleção de produtos feita pela Gisela AQUI

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Fotos: Mariana Boro