Foto: Rafael Renzo / Divulgação
Quando pensamos em um ambiente clássico, logo nos vem à mente a imagem de uma decoração bege, cinza e com cores neutras como a paleta predominante. Mas isso é mito! Os clássicos podem sim ser massivamente coloridos em suas paredes, móveis, estofados, objetos, flores e pequenos acessórios sem perder toda a elegância e sofisticação que o estilo dita.
Os projetos assinados por Jorge Elias são um ótimo exemplo de clássicos vibrantes no Brasil. Aqui no Blog já escrevi sobre a casa do arquiteto, um belo casarão com um “quê” de palacete francês que prova o ponto de que azul, amarelo, vermelho e roxo não devem ser descartados nesse tipo de decoração. Pelo contrário, resgatam as origens do estilo: você não acusaria a tapeçaria pertencente ao próprio Luís XIV na casa de Jorge Elias de não ser clássica o suficiente, não é?
Fotos: Architectural Digest / Divulgação
Outro arquiteto para se inspirar e apostar nas cores sem perder a sofisticação é o Jacques Garcia. O arquiteto é referência quando o assunto é decoração de restaurantes e hotéis franceses. Após ter renovado por completo a decoração do cinco estrelas Hotel Costes, Garcia revolucionou o mundo hoteleiro e a forma como encaravam seus interiores. Logo paredes, pisos, tapeçaria, mobiliário, peças e estofados esbanjavam personalidade e cores vivas.
Agora que já nos familiarizamos com as cores nos clássicos, é bom entendermos de onde vem o “mito do branco”. Nos acostumamos a relacionar o branco ao clássico devido às estátuas dos tempos gregos e romanos que encontramos nos museus. Daí vem também o estilo neoclássico, por exemplo, que resgata colunas e outras formas arquitetônicas da antiguidade.
Recentemente, no entanto, cientistas encontraram pigmentos que provam que essas estátuas e esculturas eram, na verdade, coloridas! O azul, amarelo, vermelho e tons de pele estavam presentes nas decorações da época, o tempo é que nos causou uma outra impressão.
Se você busca mais referências de clássicos coloridos, tenho duas recomendações. A primeira é um Open House que gravei recentemente pelo apartamento do Eduardo Machado, com muitos móveis de antiquário e ar de sofisticação contemporânea. Já a segunda é o apê do arquiteto Mike Álvares, por onde também gravei um Open House e mostro justamente como um clássico pode ser colorido, vivo e atual!
Fotos: Rafael Renzo / Divulgação
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